Secretaria apresenta estratégias de expansão da rede estadual de Educação Profissional

Em mais uma ação do programa Educar para Transformar – um Pacto pela Educação, a rede estadual de Educação Profissional deverá ter 150 mil estudantes matriculados e 100 cursos ofertados até 2018. As estratégias de expansão da rede foram abordadas na I Oficina de Alinhamento de Demanda e oferta na Educação Profissional da Bahia: metodologias e território, nesta quinta-feira (20/08), no auditório da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, no Centro Administrativo (CAB).
O encontro, cujo objetivo foi alinhar a demanda de Educação Profissional com a oferta da Rede Estadual para um melhor atendimento aos municípios baianos, contou com a participação da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação, do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza e de diferentes secretarias do Estado. A rede estadual de Educação Profissional da Bahia já é a segunda maior do País na oferta de cursos técnicos de nível médio.
O superintendente de Desenvolvimento da Educação Profissional da Bahia, Almerico Lima, destacou que a oficina buscou o debate com diversos órgãos ligados aos governos federal e estadual sobre os avanços da Educação Profissional e, principalmente, sobre os novos caminhos a serem percorridos, considerando as demandas geradas pelo desenvolvimento socioeconômico e ambiental dos Territórios de Identidade.
Tivemos um enorme avanço nos últimos oito anos e agora é o momento de refletir sobre os avanços relacionados à qualidade, ou seja, aquilo que o mundo do trabalho precisa tem que estar alinhado com a nossa capacidade de ofertar cursos. Isso do ponto de vista tanto do tipo de curso, quanto da população e dos territórios em que eles vão ser implantados,” explica Almerico Lima, acrescentando que, entre as novidades, está o lançamento do programa Primeiro Estágio, Primeiro Emprego, que irá beneficiar estudantes dos cursos técnicos e, também, do ensino superior. O superintendente sinalizou, ainda, a criação de cursos voltados para a Administração Pública, que beneficiarão  povos do campo, quilombolas e indígenas, além da implantação do Ensino a Distância (EaD) para a Educação Profissional.

Com o objetivo de apresentar o levantamento de demandas nas cadeias produtivas industriais, o superintendente de Comércio e Serviços da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Marcos Almeida, falou sobre sua participação na Oficina. “Tivemos a incumbência de identificar e mapear as unidades industriais, comerciais e de serviços, e a partir delas verificar suas necessidades por profissionais qualificados. Com isso, a Secretaria da Educação pode ajustar a sua oferta com a atual demanda das empresas. Também analisamos os investimentos futuros das empresas para que possamos antecipar as novas demandas que virão”.

Participando do encontro, o coordenador de Educação, Nelson Karam, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), destaca a importância da parceria com a Secretaria da Educação. “Já realizamos um trabalho em que apresentamos os indicadores que auxiliam o Estado a saber o número de oferta e demanda da Educação Profissional. Mas, especificamente, nesta oficina, temos o objetivo de prospectar o que precisamos para o futuro, qual o tipo de desenvolvimento pensamos para o Estado e qual a realidade econômica de cada região. E, a partir daí, como os  cursos devem ser distribuídos.”

Educação Profissional – A rede estadual de Educação Profissional conta, atualmente, com mais de 75 mil matriculados. Nos últimos oito anos, o Estado criou 38 Centros Estaduais e 33 Territoriais de Educação Profissional e ampliou a oferta para 123 municípios, chegando a todos os 27 Territórios de Identidade da Bahia.